sexta-feira, 27 de abril de 2012

O perfil do professor de EBD

Queridos, finalmente chegamos a última parte do artigo O perfil do Professor de EBD, onde falamos sobre as características e conhecimentos que o professor de educação cristã deve desenvolver em sua vida. Assim além de ter certeza de sua salvação, conhecer a Palavra de Deus, ter conhecimento da pedagogia é também necessário conhecer o aluno de duas formas. O professor precisa conhecer o aluno Passei uma parte do meu tempo escrevendo prazerosamente àqueles que se interessam pelo magistério cristão, a fim de convencê-los a continuar estudando e buscar apoio e motivação junto aos seus grupos e na sua própria vocação. Só assim cada professor poderá atuar melhor, tirando ricos tesouros do seu baú de conhecimento a fim de oferecer aos que precisam. Conhecer o aluno, sujeito aprendente desse rico processo que molda o caráter, é fundamental para o sucesso do seu magistério. Imaginem que existem professores ensinando a crianças como se fossem adultos e outros ensinando a adultos como se fossem crianças; e alguns professores que não vêem o aluno como sujeito e sim como uma tábula rasa em que ele escreve o que quiser e ficará lá para sempre. O professor conhece seu aluno quando compreende que a vida dele existe antes e depois da aula que assiste e por isso precisa se aproximar a fim de conhecer um pouco de sua vida social, onde mora, quais pessoas o cercam, qual seu nível de escolaridade, seus interesses eclesiástico, quais suas aspirações profissionais; em fim considera a sua história vida! Além de conhecer um pouco da história do aluno ele precisa também conhecê-lo psicologicamente, ou seja, entender o que pensa acerca daquilo que é ensinado. De modo geral o aluno aprende quando entende, quando sente, quando toca, quando é estimulado, quando gosta do que está sendo ensinado; é um processo psicopedagógico. A Psicologia é uma ciência que ajuda muito o professor a conhecer o aluno, principalmente na Psicologia do Desenvolvimento (também chamada de psicologia evolutiva). Para cada etapa do desenvolvimento uma didática diferenciada de acordo com seu desenvolvimento físico, mental, social, emocional e moral do aluno. Ficar ignorante a este conhecimento é ficar a margem da arte de ensinar. O fato dele está ali na classe, não garante a aprendizagem, pois para que haja aprendizagem de fato várias estruturas e conexões mentais são formadas a partir da sua interação. Conhecê-lo socialmente é mais fácil que conhecê-lo psicologicamente, pois o aluno pode está ali apenas fisicamente ou por que alguém o forçou a ir. Ensinei muitos anos na classe de jovens e lembro de uma aluna que era assídua e demonstrava sempre atenção no que era ensinado, além disso, chegava sempre cedo e seu comportamento era calmo o que aparentemente me levava a crer ser uma autêntica cristã. Na época eu estava cursando pedagogia então aprendi a desenvolver um ensino mais participativo que ajuda a conhecer psicologicamente o aluno quando este expõe seu ponto de vista acerca do tema estudado (isto é aplicação). Neste dia o tema da aula era sobre o aborto. É lógico que o objetivo era levar o aluno a compreender que Deus é sempre a favor da vida. Estava certa que aquela jovem concordaria com o ensino bíblico da minha aula a cerca do milagre e defesa da vida. No momento da aplicação foi a primeira pessoa a quem perguntei se finalmente era contra ou a favor do aborto e por quê. Para minha surpresa ela olhou para mim com olhar duro e respondeu: - “essa lição de hoje só ensinou bobagem, cada pessoa é quem tem que saber o que faz da sua vida. Se a pessoa quiser abortar um filho que não quer ter é problema dela e nem Deus tem nada a ver com isso; afinal todos tem livre arbítrio e escolhe como quer viver” – simplesmente gelei, parece que todo meu ensino não havia adiantado nada. O comportamento daquela moça me enganou. Eu a conhecia de alguns anos, sabia um pouco da sua história de vida social, mas psicologicamente aquele era o primeiro momento. Precisava de mais preparo para conhecer melhor meus alunos e com a ajuda do Espírito Santo orientá-los no processo de transformação da sua mente como diz o apóstolo Paulo: “E não vos conformeis com este mundo mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Rm 12.2 E você, caro internauta, o que acha do professor conhecer social e psicologicamente o aluno? Será que isto ajuda no processo ensino-aprendizagem? Ou será que apenas dar sua aula é suficiente? Participe, dê sua opinião e até próximo artigo. Abraços fraternais.O professor precisa ter conhecimento da Pedagogia? Ter conhecimento da pedagogia não quer dizer que o professor de EBD tenha que ser necessariamente um pedagogo e nem mesmo um Mestre em Educação, mas que pelo menos seja um eterno aprendiz e amante da educação. Se ele puder cursar uma faculdade está se qualificando, pois os que tem estudado se sente mais a vontade para ensinar. Ensinar é uma arte, uma vocação e nem todos podem exercer esta função. Todo professor de EBD deve buscar conhecimentos pedagógicos para melhor atuar na Seara do Mestre e deve passar o ensino de forma vibrante e instigadora. É dentro da pedagogia que estão inseridas as ciências da educação. O professor que se dedicar a conhecê-la poderá aprender que ensinar é muito mais que apenas ler uma lição na sala de aula. São grandes áreas da pedagogia, dentre outras: ü Planejamento educacional – dentre os diferentes níveis de planejamento o plano de aula é onde o professor traduz toda intenção educacional para levar o aluno a um patamar superior de aprendizagem. O plano de aula deve levar em consideração o aluno, os recursos didáticos que serão utilizados e o tempo. ü Didática – é a arte de ensinar, de instruir. São elementos da didática: Ø O professor – é o agente orientador do ensino. Cabe a ele estimular e orientar o aluno na sua aprendizagem. O conhecimento que o professor vai passar deve ser estruturado, pois ensinar não significa simplesmente transmitir conhecimentos como se a mente do aluno fosse uma folha em branco ou um banco onde tudo que o professor quiser escrever ou depositar ficará ali. Ø O aluno – é o aprendente. É para ele que existe a escola e é o sujeito mais importante do processo ensino-aprendizagem por que sem ele não haveria professor, nem classes... Ele tem direito de aprender a Palavra de Deus de forma eficiente; inclusive as crianças, que ainda não sabe discernir o certo do errado. Ø O conteúdo – é o veículo através do qual serão atingidos os objetivos da escola. Ele é selecionado de duas formas: primeiro para formar o currículo e segundo para formar o programa. O conteúdo das Lições são articulados por trimestre formando 13 lições bíblicas. Este conteúdo é extraído da bíblia e comentado através de uma pessoa especializada no tema. O professor precisa se focar no conteúdo e não em histórias muitas vezes totalmente fora do tema. Ø Os objetivos – Ensinar pressupõe levar o aluno a determinados pontos de aprendizagem. Nossas lições trás os objetivos que precisarão ser alcançados durante a aula, portanto procure atingi-los sempre que possível. Ø Os métodos e técnicas – estes ajudam o professor a ensinar e o aluno a participar de forma ativa do processo. Só ouvir, anotar e repetir não é suficiente para o educando aprender. Aqui cabem os Recursos didáticos que devem ser utilizados e são eles: Álbum Seriado, cartaz de pregas, cartazes, computador, data show, desenhos, DVD, flanelógrafo, gravuras, histórias em quadrinhos, livros, maquetes, copiadora, mural didático, quadro branco, rádio, CD, retroprojetor, televisão, varal didático, mapas, lição, bíblia e etc. Ø O meio – é o ambiente onde será efetivado o processo educacional. O professor não deve se conformar e fazer um ensino onde sempre existe a mesma metodologia de trabalho ou nenhuma. Como saber se o professor tem conhecimento da pedagogia e faz uso dela? Responda: participou de alguma capacitação nos últimos 6 meses? Adquiriu algum material pedagógico? Adquiriu livros ou revista da área? Você ensina com um plano de aula ou diretamente na lição? Você lê mais de 50% da lição para seus alunos em sala de aula? Utiliza recursos pedagógicos ou as aulas são expositivas (faladas)?O rosto dos seus alunos na classe refletem entusiasmo ou sonolência e até mesmo alguns dormem? Caso as respostas não sejam as esperadas, não quer dizer que Deus não lhe chamou para este trabalho, quer dizer apenas que você não está fazendo a sua parte. Então vamos lá, converse com seu superintendente sobre suas necessidade e com coragem comece a se capacitar para servir melhor na educação cristã. Até a minha chegada, aplica-te a leitura, a exortação e ao ensino.(1Tm 4:13

Nenhum comentário:

Postar um comentário